O que você precisa saber sobre o Curso de Economia
O que é a faculdade de Economia?
A faculdade de Economia forma profissionais especializados para trabalhar com, obviamente, economia. No caso, o curso apresenta um grande leque de opções de disciplinas que vão fazer o aluno compreender teorias da economia, como as transações financeiras funcionam e ao se formar, também podem trabalhar tanto no setor público quanto no setor privado em uma variedade de posições.
Por que ser economista?
O professor Sandro Maskio, docente do curso de Economia da STRONG ESAGS, explica: “A versatilidade que a formação do economista traz abre espaço para atuação em diversos setores da economia, seja como um analista especializado, seja como um gestor, tomador de decisões, capaz de considerar diferentes indicadores e análises técnicas em suas decisões.”
Mitos e Verdades sobre o Curso de Economia
Existem muitas frases batidas que todo estudante de Economia ou vestibulando que almeja entrar nesse curso já deve ter ouvido. Isso não quer dizer que essas frases digam totalmente a verdade. Confira a explicação e veja o que é verdade e o que não é.
Economia é um curso de exatas = MITO
É compreensível que muitos associem economia às ciências exatas, afinal, as finanças são números. Mas a economia é, na realidade, muito mais do que isso. Os números são apenas uma parte do que é analisado pelos economistas, que também lidam com estudos sociais, de políticas públicas, história, dentre outros assuntos. A Economia é uma Ciência Social Aplicada, que engloba várias vertentes teóricas como o Keynesianismo e o Liberalismo.
Só se aprende matemática no curso de Economia = MITO
São várias as disciplinas de um curso de Economia, que variam desde ciências exatas, como a matemática, a outras mais ligadas à história, como Formação Econômica Mundial e do Brasil e Desenvolvimento Sócio Econômico. Os cursos de economia costumam apresentar também disciplinas ligadas à política, administração, e até em direito, reforçando o currículo do economista para que ele seja um profissional que compreenda o mundo ao seu redor e não veja a economia apenas como números e dados.
Todo economista trabalha com investimentos = MITO
O campo de conhecimentos do economista é amplo, e embora alguns possam vir a trabalhar no mercado de ações, não são todos que se especializam nesse segmento; as funções que um economista pode desempenhar na sociedade são várias, e, ao mesmo tempo, não é necessário que a pessoa seja um economista para trabalhar com investimentos.
Um economista pode trabalhar, por exemplo, nas áreas de controladoria e auditoria de uma grande empresa, pode fazer consultoria e planejamento estratégico financeiro, além de trabalhar no setor público ou ainda no meio acadêmico.
O mercado de trabalho do economista
Além de trabalhar na bolsa de valores, o que mais um economista pode fazer?
O professor Sandro Maskio ressalta que, apesar do lento ritmo de crescimento da economia brasileira nos últimos anos e, consequentemente, do fraco desempenho agregado do mercado de trabalho, existe uma demanda muito específica no Brasil. “Mesmo com elevado desemprego, o setor empregador encontra muita dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. ”
“Considerando esta condição, da demanda por mão de obra qualificada, o economista encontra para inserção no mercado, em diferentes setores. A conciliação das disciplinas teóricas, recheada com disciplinas quantitativas que trazem um viés fortemente aplicado no processo de formação dos economistas, garante a este uma posição diferenciada”, afirma o professor.
O que faz um economista?
Essa pergunta não tem apenas uma resposta, tendo em vista que o economista pode trabalhar em diversas posições, cada uma com atribuições e responsabilidades diferentes. O professor Sandro Maskio citou algumas:
Setor Financeiro: É um importante setor responsável pela intermediação de recursos na economia, demanda profissionais especializados na gestão financeira, na estruturação de carteiras de aplicação financeira, na montagem e disponibilização de mecanismos de crédito. Aqui se incluem as possibilidades de trabalho em bancos, corretoras, instituições de crédito, dentre outras instituições financeiras.
Empresas (públicas, privadas ou de capital misto): A presença dos economistas no setor empresarial, seja nos setores industrial, de serviços ou agronegócio, busca atender as demandas para avaliação e tomada de decisão referente a gestão de produtividade, de custos, estudo de viabilidade de investimentos produtivos, estratégias de competição de inserção no mercado (estratégia de preços, segmentação do público consumidor, entre outras ações essenciais ao desempenho das empresas.)
Setor público (serviços públicos): A atuação do setor público apresenta enormes desafios, aos quais o economista tem plenas competências de atuar e contribuir para a melhoria da eficiência e da qualidade dos serviços públicos. Estes vão desde a administração financeira e orçamentária dos órgãos públicos, que lidam com regras específicas, e passam pela elaboração de políticas públicas em diferentes campos, como fomento à atividade produtiva, programas de educação, saúde, assistência social, habitação, entre outros. O planejamento de todas estas políticas requer uma avaliação criteriosa da condição econômica social da sociedade, o que por sua vez requer uma análise qualitativa dos indicadores sócio econômicos e suas relações.
Pesquisa: O economista encontra grande espaço para atuação no campo da pesquisa, dada a combinação dos conhecimentos em métodos quantitativos com análises históricas e sociais. Esta atuação se dá desde órgãos governamentais voltados a pesquisa (IPEA, SEADE, IBGE, entre outros), como também em empresas de consultoria e universidades.
O perfil do economista
Quanto ganha um economista?
O salário, obviamente, irá variar de acordo com a empresa e com a experiência de cada um, mas o valor médio para um economista recém-formado é de R$ 1.800. Os rendimentos mensais, em média, podem chegar a mais de R$ 6.000, em alguns casos, um economista com bastante experiência em cargos altos pode ter um salário que ultrapasse facilmente a faixa dos R$ 17.000.
O que é preciso para ser um bom economista
“É preciso ter habilidade com mecanismos de cálculo, sendo fundamental compreendê-los. Alguns economistas se especializarão em operacionalização dos mecanismos estatísticos e econométricos”, diz o professor Sandro Maskio. ”
“A dinâmica da economia sempre está inserida em um contexto social e histórico. Um bom economista, além de habilidade para trabalhar com mecanismos de cálculo, deve ter um bom conhecimento histórico social. Uma característica essencial é se manter atualizado, tendo em vista que questões políticas, sociais, tendências tecnológicas, entre outros, impactam a dinâmica da economia”, conclui.
Como escolher uma faculdade de Economia?
Na hora de escolher uma boa faculdade de Economia para ingressar, você deve pesquisar bastante sobre a instituição. Veja, antes de tudo, se as disciplinas deste curso atendem às suas necessidades. Os cursos em diversas faculdades, apesar de seguirem uma base estabelecida pelo Ministério da Educação, podem apresentar matérias e assuntos diferentes e que possam interessar diferentes perfis de aluno.
Sempre que possível, pesquise também sobre os professores, veja a carreira e a especialização de cada um deles, e claro, também procure saber o que alunos (formados ou não) estão falando desta faculdade. Os elogios dos alunos são sempre um bom indicativo da qualidade da instituição de ensino.
Procure também por resultados mais objetivos. Embora existam rankings que avaliam universidades, muitos têm critérios subjetivos que não ficam claros para quem está pesquisando. Procure saber, por exemplo, qual o resultado que os alunos obtiveram em uma prova padronizada, como o ENADE.
Além do corpo docente e a avaliação de quem estudou, também é importante conferir as parcerias e a infraestrutura de cada instituição. Programas de mentoria para ajudar na formulação de currículo e outras atividades extracurriculares são um diferencial na hora de escolher a faculdade.